Leitura - Lucas 18.7
Esperar em oração é algo considerado muito difícil para maioria dos cristãos. Esta espera revela um caráter humilde e submisso à ação de Deus em nossa vida. Porém, o ensino de Jesus nos chama a perseverar e a confiar na sua promessa de que o acharemos quando o buscarmos de todo nosso coração. Esta busca é um sentimento que vem do nosso interior, algo motivado por nosso Espírito, a nossa vontade e a nossa fé. A justiça de Deus será feita em nossa vida quando não houver nenhum impedimento entre nós e Ele. Mesmo que esta justiça demore a acontecer, ela cedo ou tarde nos alcançará. Construir uma fé que espera sem cessar pela manifestação do Senhor, é esperar no silêncio da concretização da esperança, na certeza das coisas que não se veem. Mesmo quando não há nenhuma nuvem no céu; mesmo que tenhamos de mergulhar seis vezes antes de alcançarmos a benção; mesmo que tenhamos de carregar a nossa cruz pelos mesmos caminhos que o Senhor andou, sofrendo as mesmas angustias e injustiças que Ele sofreu; mesmo que não vejamos se concretizar a promessa d’Ele em nossa vida, precisamos continuar clamando dia e noite pela ação de sua justiça em nossa vida. O nosso encontro com o Senhor se dará nos campos floridos da fé e, isto, só acontecerá depois que passarmos pelos vales de morte das nossas certezas pessoais; quando descermos dos montes de nossas vaidades pessoais; quando atravessarmos os rios caudalosos de nossas dúvidas espirituais; para nos defrontarmos com o Senhor no final de nossas certezas e esperanças. Neste momento, desprovidos de qualquer esperança de justiça feita por nossas próprias mãos, nos aconchegaremos nos braços do Pai e, neste instante, cheios por sua graça e misericórdia, seremos alcançados pela justiça de Deus. A oração, portanto, é um exercício de perseverança e fé, pois como o salmista possamos dizer: Continuarei a orar enquanto os perversos praticam maldade. Que o Senhor nos dê forças para continuar clamando pela concretização de sua justiça.